quinta-feira, 22 de maio de 2014

Capítulo 5 - Alma de Fogo

Aew! Quem é vivo sempre aparece! E vocês achando que eu tinha morrido! Mas nããããõoooooo, eu sou imortal galerinha do mal! (riminha toscas)
 Enfim, está ai o cap 5. Espero que se divirtããão! ;D




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Capítulo 5
Alma de Fogo

Argelux entrava naquele barzinho quase como uma sombra, um chapéu escondia seu cabelo branco e um óculos escuro seus olhos. Usava sua roupa negra e longa, que no geral lhe dava a aparência de um motoqueiro... O nome daquele pub era Hell-3 localizado entre dois prédios na zona sul da cidade, onde vários marginais se reuniam, entre eles até alguns membros de facções menores. O chão do local era feito de cimento cru e estava encoberto por uma mistura de poeira e bebida seca, enquanto o teto era de madeira quase mofada e com falhas que deixavam goteiras em dias de chuva e por fim nas paredes os tijolos em vários pontos eram aparentes devido a falta de pintura. As mesas eram de ferro redondas e espremidas entre cadeiras, algumas de latão outras de madeira, tudo de forma caótica.

Após se sentar numa das mesas de canto ele retirava do bolso da jaqueta uma foto dada por Ice, para identificar o tal rapaz de confiança dela. Era um jovem de seus 18 anos, sem barba e com cabelo arrepiado, pintado de vermelho, usando roupas rasgadas e sujas. Não foi necessário procurar muito, uma vez que logo uma confusão no centro da pub chama a atenção de todos. O rapaz discutia ferozmente com um bando de outros cinco motoqueiros, mas sem se intimidar pela diferença de número ou idade. Argelux se mantém calmo e indiferente observando o desenrolar da briga. Após algumas trocas de soco o jovem é subjugado, colocado ao chão e espancado pelos motoqueiros que a chutes e cadeiradas o deixam inconsciente. Então os marginais felizes voltam a se sentar, enquanto um garçom arrasta o corpo do moribundo até fora do estabelecimento. Calmamente Argelux o segue. O jovem é jogado na calçada, e na noite fria e escura daquele bairro violento apenas seu corpo estirado enfeita a rua: Nem pedestres nem carros, apenas ele a as dezenas de motos estacionadas pela rua escura. E é claro, Argelux sentado na calçada ao lado do corpo.

- Hei, não adianta fingir para mim. – Afirma o Quezzer controlador de sangue, fitando o jovem. O jovem abre o olho, meio desanimado e se senta fitando de volta Argelux. 
- Você percebeu que era fingimento? – Respondia se levantando, enquanto a chuva encharcava totalmente sua roupa. 
- Sim. Mas por que fingir e se deixar ser espancado, você é masoquista? 
- Não, sou apenas vingativo. – Diz o jovem se levantando e indo até perto da moto da extrema direita, fazendo ligação direta na mesma. Em seguida dizendo com um sorriso no rosto “se tua moto está aqui, sinto muito por ela!” e dito isso ele retira uma pequena bola de metal do bolso e a coloca na moto ao lado da que havia acabado de roubar, acelerando em seguida pela rua. O jovem sorri quando ouve as explosões enquanto resmunga para si mesmo 
- Diga adeus as suas motos, seus babacas! E nunca irão desconfiar que fui eu! Por isso adoro essas mini bombas incendiárias! 
- Então era isso que pretendia? Bom plano. – Diz Argelux que estava na garupa da moto, porém sentado de costas para o jovem de modo que pudesse ficar olhando para trás. O jovem se assusta com a presença dele, e por pouco não desequilibra a moto no chão molhado levando ambos ao chão. Ele então estaciona a moto na rua e com um pulo se distancia da mesma, já retirando uma das bombas incendiárias do bolso. 
- Quem é você? E quando subiu na moto! Eu nem vi! 
- Me chame de Argelux. Você é este rapaz da foto né? Ice que te indicou a mim, falou que era um subordinado dela. – Dizia sem se importar com a reação do rapaz, mostrando a foto que tinha em mãos. 
- Aquela vaca! Não acredito que ela falou isso! Eu não sou nada desse tipo, não por ela! Mas... O que você havia pedido a ela? – O jovem não pode deixar de se impressionar pelo que havia ocorrido, não somente por aquele magrelo ter montado na garupa de sua moto sem ele notar, mas principalmente por Ice ter o indicado para ele. 
- Eu pedia para ela se unir a uma Facção que pretendo fundar, ela não quis mas o indicou. - Facção? Ótimo saber, mas não! Não quero depender de criminosos arrogantes como você para ganhar meu sustento! Não quero virar um simples membro capanga de um Quezzer maldito! 

Argelux percebia então uma agitação na Aura do menino, e percebia que era evidentemente um Quezzer. Então o celular do jovem tocava, quebrando o clima de tensão. Ele ainda de olhos fixos em Argelux retira o aparelho do bolso e atende...“É ela. Alô?... Não... Eu não vou... Sim... Mas eu... Sim. Sim.”, então ele desliga guardando o celular. 
- Parece que não terei escolha, a não ser me tornar seu subordinado... 
- Era a Ice, parece que ela lhe fez mudar de ideia bem rápido! Tem certeza que ela não é sua chefa?
- No máximo ela é minha irmã, e das piores!- Revela e continua a falar – Pode me chamar de Fire, é o codinome que uso. Você é Argelux, não é? 
- Exato. – Dizia ainda surpreso por descobrir que o jovem era irmão de Blood Ice - Diga-me Fire, você sabe bastante sobre esses bandos de motoqueiros?
- Sim, conheço todas da cidade... 
- O que sabe sobre este símbolo? – Dizia mostrando a Fire um papel onde estava desenhado o brasão da Facção que havia o atacado. Fire sorri 
- São os Dragnov, uma Facção nova mas que já se tornou grande e conhecida pela violência. Deseja fazer uma aliança com eles? 
- Não, desejo apenas destruí-los. Me diga mais sobre eles.

Enquanto Fire levava Argelux para a sede da Dragnov contava um pouco mais sobre a mesma para seu novo “chefinho”. Segundo o jovem a pouco menos de um ano um milionário chamado Edgar do ramo industrial vendeu todas suas empresas e com o dinheiro pagou sua entrada oficial para as Facções, unindo um pequeno exército de baderneiros que subornados e ludibriados pelas promessas de riqueza fácil se tornaram cães subalternos. Em pouco tempo a Dragnov cresceu em número de integrantes e apesar de ser formada apenas por humanos, recentemente vem atraindo a atenção de outras Facções, e que provavelmente Edgar não fazia ideia de onde estava se metendo... Já estacionados na esquina daquela enorme mansão, que ocupava um quarteirão todo, Fire completa: “Já vi muitas Facções como a Dragnov... Ricos esnobes que não fazem ideia de como realmente é o sub-mundo e após uma rápida entrada são esmagadas por Quezzer... Bem, mas se você quer destruí-la já tem um plano de ataque não? Irá informar os outros membros da sua Facção que estamos aqui?”. Argelux sorri, fazendo que não com a cabeça, já descendo da moto. 
- Não Fire, minha Facção ainda nem tem nome e muito menos foi aprovada pelo conselho, e nem tenho dinheiro para suborná-los para tanto... O plano porém é simples, vamos atacar de frente! Só nos dois, pois os outros dois membros da nossa facção não estão presentes. 
- Atacar? Existe centenas de homens armados ai dentro, não há como dois homens derrotá-los! 
- Uma das formas de ser aceita como uma Facção oficial pelo conselho é destruir outra facção. Simples, é o que faremos! Eu vi quando explodiu aquelas motos... Não há nada além de um pouco de nitrogênio ai dentro não é? Aquele nível de explosão, você usou a mana para intensificar a combustão fazendo dessa simples bolinha uma arma letal. Faça de novo!
 Fire se espantou, era difícil mesmo para outros quezzers perceber como funcionavam seus poderes apenas com um olhar. Era verdade, ele não podia “criar” o fogo, mas sim catalisar quase qualquer coisa para que se torne inflamável... Se sua irmã dominava o Gelo podendo retirar calor, ele podia catalisar qualquer reação química aumentando o calor da coisas. Com um sorriso piromaníaco no rosto o jovem tirou quatro bolas de ferro da jaqueta, duas em cada mão. “Se minha irmã quer que eu te siga, o farei... Mas será do meu modo: Com diversão!”. Ele então joga as bolinhas em direção aos céus sobre suas cabeças, e logo elas explodem lançando setas de fogo em direção à mansão. Logo se avista explosões no pátio, e tudo começa a arder em chamas. 
 - Impressionante... Seu controle de fogo é realmente forte! – Diz Argelux estralando seus músculos e começando a trotar na direção do portão, já o chutando a metros dali. A mansão era uma construção moderna, com um grande jardim na frente, com piscina e quadra poliesportiva, a área de lazer da frente dava quase o tamanho de um campo de futebol, e ao fundo a mansão feita de mármore branco e madeira de lei, três andares e muitas janelas grandes. O jardim da frente já estava sendo consumido em chamas, quando Argelux e Fire avançavam.
Logo homens armados, alguns poucos de terno e gravata sendo a elite da segurança do local, mas a maioria de motoqueiros vestidos de forma simples e usando armas mais passadas. Eles começam a abrir fogo. Fire então se concentra e cria um bolsão eletromagnético usando a distorção causada pela catalisação do fogo e das energias físicas ao redor de ambos, de modo a repelir todas as balas. Argelux vê que o mesmo estava se esforçando: Por mais poderoso que fosse o quezzer tudo demandava energia. 
- Droga, eles são muitos. Não posso segurar por muito tempo! – Bracejava o jovem, já sentindo suas energias cederem enquanto Argelux apenas olhava. 
- Está bom, irei mata-los. - Dito isso o controlador de sangue sai do campo de proteção de  Fire, que via quando ele era alvejado por dezenas de balas, que faziam dele uma peneira viva. Fire contém seu grito e se espanta ao ver que ele não caia, mesmo com hemorragia interna e balas na cabeça e outros órgãos vitais, todo o sangue começava a coagular, e revestir o corpo dele como uma armadura, enquanto os tecidos se regeneravam numa velocidade alarmante. Uma espada vermelho transparente aparecia em sua mão, ao mesmo tempo que a armadura de sangue era formada. Agora ele parecia um cavaleiro medieval, com ombreira, protetor lateral e frontal, como se usasse uma armadura completa, porém feita de puro sangue. 
 Então Argelux some em pleno ar, reaparecendo atrás de alguns motoqueiros que usavam metralhadoras, cortando-os ao meio com golpes velozes de sua espada, enquanto expandia sua aura criando ilusões de correntes vermelhas que levavam outras dezenas deles a loucura. Fire apenas olhava, com um misto de admiração e medo os movimentos de Argelux, que se movia como uma sombra, avançando sem temor contra os homens armados. Balas não surtiam efeito em seu corpo, pois quando não eram bloqueadas pela armadura todos os ferimentos eram regenerados quase no mesmo instante, a cada novo golpe, a cada novo segurança que perecia e tinha seu sangue jorrado a armadura se tornava mais vermelha, a espada maior e os golpes mais poderosos. Fire observava também o funcionamento do poder de Argelux: Basicamente ele podia impregnar suas células com mana, dando a ele o controle absoluto delas, além de conseguir absorver e controlar também as células sanguíneas de outros alvos, através do toque. Isso queria dizer que, em suma quanto mais ele lutasse maior era o volume de sangue que ele poderia controlar e assim sendo maior seu gasto de energia, mas também seu poder. 
Fire se surpreende quando uma explosão ocorre, jogando o controlador de sangue a metros dali, chocando-se fortemente contra a parede de mármore. 
- Bazucas? –Dizia com a voz fraca Argelux se levantando. O golpe havia sido bem poderoso para fazê-lo fraquejar. Novamente o homem de rouba negra e maquiagem pesada que estava a uns bons metros dele puxa o gatilho e outra bala vai na direção do controlador de sangue, e ele já se prepara para o novo impacto quando o projétil explode em pleno ar logo após ser atirado jogando o roqueiro para longe, era Fire dando cobertura de longe. 
- O único que pode tocar o terror, e o fogo aqui sou eu! – Exclamava convicto enquanto fazia as chamas do local se intensificarem e começarem a consumir o oxigênio. Ele serrava os punhos com um sorriso no rosto, enquanto pensava: “Argelux não é? Será interessante tê-lo como meu chefe!”. Mais homens chegam pelas escadas e portas, todos usando armas pesadas. Muitos não haviam caído nas ilusões causadas por Argelux, principalmente aqueles que foram enganados pela primeira vez. 

Um deles gritava aos de mais “Vamos, o chefe dará uma recompensa de 10 milhões para quem os matar! Rápido!”. Porém logo que se aproximam muitos caem inconsciente, dessa vez pela falta de oxigênio em algumas parte e pela fumaça, enquanto outros eram engolidos vivos pelas chamas que pareciam ter vida própria. Agora que já havia varias fontes de fogo, Fire não iria necessitar mais das “mine-bombas”... 


 A chuva parava, mas eles nem ao menos perceberam isso.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Capitulo 4 - Chuva Gélida

Aew moçada! Capítulo novo para vocês ai, e o link para ler os caps anteriores. :D
 Desejo a todos um feliz ano novo, e sei que o próximo ano será MUITO melhor do que este que passou! (Mas este já foi um ótimo ano! Pelo menos pra mim, Rsrsr)



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Capítulo 4
Chuva Gélida

"Alvo confirmado... Disparar em 3 segundos... 3, 2, 1..." . O dedo fino embaixo daquelas luvas brancas puxava o gatilho. Se alguém pudesse ver a velocidade de um projétil, poderia observar que ao sair daquela arma uma fina cápsula criogênica se forma ao seu redor, moldada pela aura fria daquela mulher. O projétil viajou por entre frestas e coberturas por quase 500 metros, até finalmente, encontrar seu destino final no peito daquele velho homem bem trajado que acabara de sair do carro importado. Os seus seguranças rapidamente tentaram socorrê-lo, mas era tarde, já que seus órgãos internos tinham sido congelados. A mulher então eleva seu rifle até a altura dos lábios e solta um sopro congelante, resfriando o bico da arma.
 – Alvo aniquilado.
Após alguns minutos dirigindo a assassina conhecida como Blood Ice chegava até o local marcado com seu contratante. Ela não fazia parte de uma facção entretanto, sua habilidade como atiradora era incomparável, o que levava chamar atenção de muitos líderes do sub-mundo, tanto para contratá-la para matar alguém, quanto para tentar recrutá-la.
Ao entrar com seu carro no galpão um homem de terno e armado com uma submetralhadora se aproxima e faz sinal para que a mesma abaixe o vidro, não permitindo a ela entrar no local.
– Poderia abaixar o vidro e tirar os óculos. – A mulher pacientemente abaixou os vidros e ergueu seus olhos sobre os óculos escuros, revelando sua íris clara como um floco de neve. O homem soube então que realmente era ela, mas mesmo assim resolveu insistir para que ela tirasse totalmente os óculos, em uma espécie de afronta sutil– Algum problema senhora? Necessito que tire totalmente os óculos para poder me certificar de sua identi... - O sujeito é interrompido quando a moça coloca seu fino dedo indicador em seu lábio. Ela então toma a palavra.
- Já te falaram que você ficaria lindo como uma estátua?- A voz da bela e jovem mulher era suave, quase poética de tão bela, mas o homem não estava prestando atenção na voz dela, uma vez que ao se tocado seu corpo começou a tremer com a perda de calor, e seus sentidos ficaram mais lentos, em segundo seu corpo havia congelado, até a ultima gota de sangue e sua vida terminado, o que restou agora era apenas um estátua de gelo e carne humana. Ela fecha o vidro e entra ao galpão.
 Por dentro o local era amplo, com cerca de 500m², mas totalmente vazio, com o chão de concreto tão sujo que já parecia ser coberto por uma crosta. O teto era feito de alumínio e ululava conforme o forte vento batia, fazendo um não muito alto, mas constante barulho. Lá dentro havia outros quatro homens armados, de terno como o outro, e um velho senhor de cadeira de rodas que segurava uma maleta. A jovem assassina para seu carro e então desce, se equilibrando em seu salto agulha até perto do velho.
- Aqui esta o seu pagamento... Eu vi nos noticiários seu trabalho bem feito, aquele desgraçado já estava a tempos se metendo com meus negócios... Como combinado, dei metade na ida e agora o resto na volta. – Um dos homens aproxima a maleta dela, e ela abre vendo o dinheiro, passando seus dedos no mesmo, quase os beijando com o tato ao tempo que confere a quantidade.
- Ótimo... Mas tem um pequeno problema... – Gesticula Blood Ice.
- Qual é? Esta faltando algum dinheiro?... – Pergunta ele intrigado, tinha certeza que não estava faltando nada.
- Eu fui até a residência do senhor Joshua, e lhe informei que você me contratou para matá-lo. Eu perguntei quanto ele me pagaria para que te matasse... – O homem franze a sobrancelha, e os homens fortemente armados, já se preparavam para reagir, a qualquer passo estranho da Quezzer.
- Você é louca de me contar isso não é? Por acaso você acabou por não matá-lo no final? Ele não quis oferecer uma boa quantidade sua Quezzer imunda? - Fala o velho babando de raiva.
- É claro que o matei, afinal eu tinha feito um contrato com você antes. Entretanto, eu fiz outro contrato com ele. Então eu não posso ignorar isso. – Blood repentinamente saca sua pistola, e dispara contra a testa do homem na cadeira de rodas tão rápido que os seguranças ficaram perplexos pela sua impotência. No mesmo momento ela olha para os seguranças.
– Vou da 3 segundos para vocês fugirem, um... – Assim que a mulher começou a contar, os homens sem hesitar atiraram, e berros e barulhos de tiros seguiram-se no galpão naquele momento e depois veio o terrível silêncio. O angustiante silêncio quebrado apenas pelos passos do salto agulha e pelo ulular das telhas de alumínio.


O sol começava a raiar quando as pessoas começavam a sair das suas casas para irem aos seus trabalhos medíocres. Mas nem todos eram infelizes com sua vidinha, muitos não membros podiam nascer e morrer na ignorância, e uma prova disso era aquele casal de namorados, paquerando um ao outro entre beijos e olhares no elevador onde Argelux estava. Ele havia saído a quase uma hora da pensão de Ray, ainda na névoa da manhã, indo até o centro de StomCity onde ficava a cobertura. Ao contrario da maioria dos dias, chuvosos ou nublados, aquele parecia ser um dos raros dias em que o sol iria brilhar e iluminar a cidade de ponta a ponta. Logo o casal saia do elevador indo para um dos apartamentos no 10° andar.
- Cuidado jovens, noites que terminam de dia acabam em bebês, hem! - Brincou com o casal antes que a porta do elevador fechasse e continuasse a subir, seu ponto de descida era a cobertura.
A campainha do enorme apartamento, que ocupava o último andar do edifício soava alto, mas ninguém atendia. Olhava para o relógio e decide esperar, se ela estava em missão logo chegaria, além do mais não tinha muitos outros locais para ir... Então se senta escorado na porta fechando os olhos, iria tirar um merecido descanso.
 Horas depois ele acordava com o som de uma arma sendo engatilhada e lentamente abria seus olhos. A mulher na sua frente era extremamente bela, de corpo magro e esguio tinha um rosto harmônico que parecia ser esculpido em mármore de tão delicado e branco, seus olhos puxados delataram que era descendente de alguém de Comodorâ, a última nação japonesa da terra. Ela usava um grosso agasalho de pele e uma calça jeans justa, assim como luvas de frio e um cachecol, que adornava seu pescoço. Seria sem dúvida uma felicidade para qualquer homem acordar ao lado de uma mulher tão bonita, mas não para um que via a mesma apontar um coldre para sua cabeça.
-  Bom dia Ice! Saudades? - Falava se espreguiçando sem parecer se importar com a arma.
- Tem 3 segundos para dizer por que está na frente da minha porta, ou então eu estouro seus miolos. - Falava a mesma de forma direta e rápida, não demonstrando muita paciência ou apreço pelo visitante.
- Estou criando uma facção para dominar o submundo do crime e fazer do mundo um local melhor. Quer ser um membro? – Fala diretamente, sem se importar de contar os detalhes ou os motivos que o levaram a tomar sua decisão. Na verdade contava com o estranhamento dela para poder falar mais adiante do assunto. E deu certo.
- Hã? - Ice ficava desconsertada e perplexa com a revelação, que num contexto geral não fazia o menor sentido para ela. Então ela guarda a arma e abre a porta - Vamos, entre... Seria desperdício gastar uma bala num inútil como você.
- Não seja tão fria comigo. Fria, entendeu? – Repetia ele a piada.
Já dentro do luxuoso apartamento era servido a Argelux uma dose de conhaque, enquanto ele se sentava numa grande poltrona no centro do cômodo principal.
- Você vai criar uma facção? Pensei que depois do ocorrido com a Dark Blades você nunca mais daria a cara no submundo...
- É, eu também. Mas as coisas mudaram... Enfim, una-se a mim e juntos iremos fazer uma facção bem diferente das normais, onde a honra e a bondade dominem o mundo!
- Você fala sério? – Dizia ainda um pouco duvidosa, mesmo sabendo que no fundo aquele tolo falava a verdade, a idéia de criar uma facção “boa” era tão estranha que ela se forçava a aceitar o que ouvia - Uma facção honrada e justa? Que tolice, e o pior é me convidar, uma assassina de elite que já matou centenas de pessoas...
- A sangue frio? - Sorri Argelux interrompendo Ice com sua pequena piada e logo em seguida toma a fala - Mas eu sei que no fundo você é uma boa pessoa...
- Sabe é... Como tem tanta certeza? - Ice ria por dentro, como aquele quezzer era tolo. Ela foi treinada e cresceu para ser uma assassina, já havia matado crianças e mulheres antes e o faria de novo mediante a um pagamento justo. Além disso só não havia matado Argelux na entrada de sua casa com um tiro na cabeça por que seria muito problemático, atrairia atenção para o local aonde ela mora e como o edifício ficava numa zona nobre da cidade o caso iria para a TV e mesmo que abafado posteriormente pelas Facções iria gerar um grande transtorno. Mas dentro do apartamento era diferente... Com vidros e paredes a prova de som um simples disparo não seria ouvido e mesmo com a rápida capacidade de regeneração de um controlador de sangue, se a bala pegasse um ponto vital o congelamento provocado pelos seus poderes poderia liquidar Argelux sem problema.
- Sim. Houve uma vez, em uma das missões que fizemos juntos no passado, que eu vi você atear fogo no abrigo de uns mendigos.
- Serio? Não me lembro disso. Mas aonde você viu bondade nessa atitude? - Respondia intrigada, mas já pegando o coldre por de baixo da roupa.
- Havia mais crianças e velhos no meio daqueles mendigos do que num orfanato ou asilo, e todos iriam morrer se não tivessem saído de lá... Afinal, logo chegaram os membros da facção rival e ouve um festival de tiroteios e matança! E no final aqueles sem-teto só não se envolveram na matança por que um de seus barracos havia pegado fogo! Muitos acharam que foi um ato de maldade seu, mas eu vi que na verdade você havia se importado com aqueles velhos e crianças...
- Eu fiz isso? - A expressão de Blood Ice, quase sempre impassível e indiferente, se transformava. Seu rosto mostrava uma estranha comoção... Ela se lembrou daquele dia distante, e do dia mais distante ainda em que ela e seu irmão recém nascido estavam na rua num dia chuvoso também ao meio de becos... Memórias tristes que a muito tempo ela havia esquecido. Recompondo sua inexpressão típica, mas com um pequeno sorriso de ironia Ice solta a arma e se debruça sobre os joelhos. - Sinto muito Akuma, mas não posso me unir a você. Trabalho só.
- Entendo – Dizia Argelux que conhecendo tão bem Ice sabia que ela não mudaria sua postura. -  Já vi que não vou fazer você mudar de ideia não é? Uma pena, você é uma dos poucos que confiava a ponto de lhe pedir para se unir a mim.
- Bem, Argelux, como falei eu trabalho sozinha. Mas conheço alguém que certamente iria gostar de se unir a uma facção... E é alguém de extrema confiança minha.

- Sério! Onde posso encontrá-lo? - Dizia Argelux já reacendendo o ânimo.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O poder corrompe?!

 Abaixo vo postar um textinho que fiz a algum tempo (já faz alguns meses). Ele não está revisado e apenas mostra meu posto de vista sobre o assunto.

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   Esta é uma afirmação que sempre me intrigou: O poder corrompe.
 Certo tempo atrás havia refletido sobre isso, mas sem muita profundidade e logo esta questão fora varrida da minha mente. Porém quando comecei a escrever este livro a questão emergiu novamente. Claro que desta vez, com um motivo para refletir, eu pesquisei bastante sobre o assunto. Afinal o poder corrompe ou não? Lorde John Acton, autor primário da frase, disse o seguinte: 
“O poder tende a corromper, mas o poder absoluto corrompe certamente. Os grandes homens geralmente são maus” 
 Esta frase, porém, se perverteu com o tempo no conhecido “Poder corrompe”, mas note que não era este o significado original da frase. Segundo Acton o poder tem sim a habilidade, inerente a ele, de corromper o caráter da pessoa mas não é de certo que o fará: Existe meios de não fazê-lo, de se controlar estes impulsos negativos, mas em contrapartida qualquer poder absoluto, sem questionamento e sem limites acaba por corromper! Foi mais ou menos por isso que surgiu as ideias de Montesquie sobre a separação dos três poderes, que é ainda hoje usada!
 Mas vamos por partes, de antemão o que se define por poder?! Poder é um verbo, uma ação e não um adjetivo como o uso dele nas freses acima tende a sugerir, poder é a ação de se executar algo, todos nós temos poder em maior ou menor grau e nem por isso somos corrompidos por ele, mesmo quando este poder pode influencia diretamente outra pessoa: Um professor lhe não lhe daria nota baixa apenas por que não gosta de você, ele certamente teria este poder, mas não obrigatoriamente iria fazê-lo. O mesmo se aplica ao seu chefe, aos nossos políticos, em suma a todos nós! Mas note que nenhum de nós tem o poder absoluto, completo e sem limites. Um professor que arbitrariamente distribui notas negativas, hora ou outra, será repreendido pelo seu diretor.
 A ideia de poder absoluto fica claro apenas se pensarmos nos já extintos monarcas absolutas, senhores feudais ou imperadores antigos, o poder deles não tinha limite ou punições , e não é difícil lembrar-se deles como tiranos: São pouco os exemplos de altruísmo e bondade espontânea deles vindo. Esta é basicamente a ideia original de Acton, que infelizmente apresenta uma lógica quase que inegável e exatamente neste contexto que os três poderes se fazem necessário!
 Nós humanos, devido a nossa natureza, temos sempre que limitarmos um aos outros, pois só assim poderemos ter poder sem sermos corrompidos. Claro que este assunto pode ser aprofundado, tanto no âmbito social quanto no psicológico, mas não é o que farei.

Reflita no seu intimo: Se você tivesse poder absoluto e total, o que faria? 

I returned - Blogs Bons + Dicas

 Salve salve galerinha do mal! Sim, eu sei, ando meio sumido. Mas é que me envolvi com outros projetos... Mentira, é que ganhei um 3DS.
 Mas enfim, agora pretendo voltar com as postagens do livro, e não somente isso, vou fazer também posts relacionados a outros assuntos em geral RPG, literatura e assunto correlacionados ao livro.
 Estou fazendo esta mudanças na verdade para deixar o fórum mais ativo. Não irei fazer resenhas de livros, nem postar material pirata, já tem blogs pra kct que fazem isso, mas quando achar algo interessante posso linkar aqui. Ou não, rsrsr.

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 Antes de qualquer coisa vou postar 4 links que me ajudaram pra kct em quanto escrevo meu livro.

Site do RRPG => Programa foda para se jogar pela net! De longe, um dos melhores programas atuais para este fim.
Blog do tio Nitro => Um dos melhores sites com artigos para rpg, além disso ele tem outro blog (que tem link neste) onde posta materiais muito bons para escritores amadores.
Taverna do Elfo e do Acanius! => Site com MUITO material bom para rpg. Fora isso são eles que desenvolvem o sistema Alchemia!!
O Grande Mestre => Site de um amigo meu, onde sou colaborador. Lá iremos postar logs de sessões, as paginas do meu HQ, contos diversos e uma variedade de coisas.

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 É isso ai, fiquem ligados que bastante coisa irá mudar por aqui. E mais e mais capitulos sobre Facções virão!